apresentação

A Psiquiatria é vital para o diagnóstico e tratamento de transtornos mentais como depressão, transtorno do pânico e esquizofrenia. O Hospital São Lucas da PUCRS é reconhecido por oferecer serviços de psiquiatria com os melhores especialistas, apoiados por uma infraestrutura completa.

O SERPSI do Hospital São Lucas da PUCRS, desde 1975, reúne uma equipe diversificada de especialistas em psiquiatria, incluindo áreas como Psiquiatria da Infância e Adolescência e Psiquiatria Geriátrica. Destacam-se pela abordagem integrada, combinando conhecimentos em psicofarmacologia e psicanálise.

O SERPSI oferece consultoria especializada para outras áreas médicas, sendo referência em interconsulta psiquiátrica. Além disso, conta com uma unidade de internação psiquiátrica no HSL, com 12 leitos semi-privativos e equipe multidisciplinar.

Para atender às diversas demandas, o SERPSI oferece atendimento ambulatorial semi-privativo, com mais de 400 atendimentos mensais, e equipes especializadas em interconsulta psiquiátrica para os setores do HSL, incluindo atendimento de urgência 24 horas.

 

AMBULATÓRIO DE PSIQUIATRIA INTERVENCIONISTA

O Ambulatório de Psiquiatria Intervencionista é destinado para cuidado e tratamento de pacientes que já realizaram diversos tipos de intervenções terapêuticas e não obtiveram êxito no seu tratamento individual. Nesse ambulatório, realizamos avaliações para tratamento com Escetamina intranasal, medicação aprovada pela Anvisa para quadros de Depressão Resistente ao Tratamento.

O que é Depressão?

A depressão é um transtorno mental que engloba sintomas como, humor deprimido, perda de interesse, cansaço, alterações no padrão do sono, redução ou aumento de apetite, dificuldade de concentração, sentimento de culpa e, por vezes, pensamentos de morte 1 . No Brasil, 17% da população irá desenvolver algum episódio depressivo ao longo da vida, com maior prevalência em mulheres e indivíduos idosos.

O que é Depressão Resistente?

A depressão resistente ocorre quando o paciente possui uma resposta ineficaz ao uso de diversos antidepressivos em dose e tempo adequado. Segundo o estudo STAR*D - Alternativas de Tratamento Sequenciado para Aliviar a Depressão, a prevalência de pacientes que não responderam a pelo menos dois antidepressivos foi de aproximadamente 30%. Muitos desses não respondedores se deve a má adesão ao tratamento ou uso de doses inadequadas das medicações 3 . Alguns fatores independentes estão associados ao maior risco de desenvolvimento de depressão resistente ao tratamento como, início do quadro antes dos 18 anos, episódios recorrentes, internações prévias, ausência de resposta no primeiro tratamento com antidepressivo, fobia social, quadros comórbidos como transtorno do pânico e transtorno de personalidade.

Como funciona o Ambulatório de Depressão Resistente?

As avaliações iniciais são realizadas por meio de triagem online ou presencial. Nesse momento, será efetuada uma entrevista direcionada para verificar se o paciente possui critérios para depressão resistente ao tratamento através de alguns questionamentos e escalas que mensuram sintomas. Nos casos em que o paciente não possui psiquiatra assistente, o mesmo será encaminhado para nosso ambulatório de psiquiatria geral, a fim de iniciar acompanhamento. Se o paciente estiver em tratamento e seu médico assistente o encaminhou para o Ambulatório de Psiquiatria Intervencionista para verificar outras opções de tratamento, após a triagem, o paciente será direcionado para seguirmos a avaliação em uma consulta presencial.

Tem como não realizar a triagem?

Não. As consultas de triagem tem o papel de acolher o paciente e definir através de um fluxo interno qual o melhor encaminhamento para seu tratamento de forma individualizada. 5. Quais podem ser minhas opções de tratamento? Conforme triagem, o paciente pode ser encaminhado para nosso Ambulatório de Psiquiatria Geral, a fim de iniciar acompanhamento psiquiátrico ou para avaliação presencial no Ambulatório de Psiquiatria Intervencionista que avalia o uso de Escetamina Intranasal.

O que é Escetamina intranasal e quando é indicada?

A escetamina intranasal é um antidepressivo indicado para quadros de Transtorno Depressivo Maior em adultos que não tenham respondido de forma satisfatória ao tratamento com pelo menos dois antidepressivos diferentes com dose e duração adequada ou se Transtorno Depressivo Maior com comportamento suicida ou ideação suicida aguda. É importante ressaltar, que o uso da Escetamina intranasal não dispensa a necessidade de internação, caso essa seja justificada 4 . A medicação atua como um antagonista não seletivo, não competitivo do receptor N-metil-D-aspartato (NMDA) 4 . É aplicada por via intranasal sob supervisão de profissional da saúde que monitora possíveis efeitos colaterais como, aumento transitório de pressão arterial, náusea, tontura, entre outros. Cada dispositivo libera 2 jatos, sendo 1 jato para cada narina, a quantidade total de dispositivos utilizados em cada sessão é entre 2 ou 3, totalizando doses de 56 a 84 mg de escetamina.

Se eu fizer Escetamina intranasal não vou mais precisar usar medicações via oral?

O tratamento com Escetamina intranasal não substitui o uso de medicação via oral, pelo contrário, deve ser utilizado em conjunto com o tratamento prévio. 8. A Escetamina intranasal é uma medicação fornecida pela rede pública de saúde? Até o momento, a rede pública de saúde não fornece essa medicação.

O que preciso levar na consulta presencial?

Os encaminhamentos necessários serão orientados e esclarecidos durante a triagem.

Como faço para agendar uma consulta no Ambulatório de Psiquiatria Intervencionista?

Para agendamento de consulta você pode entrar em contato através do número (51) 3320-3865.

 

ECT (ELETROCONVULSOTERAPIA)

Ela já foi chamada de eletrochoque e muitos filmes e livros trazem o método como uma forma de punir ou torturar as pessoas. O estigma em torno da Eletroconvulsoterapia (ECT) é grande, mas, pode ser derrubado com esclarecimentos e com a própria evolução da medicina, que nos últimos anos fez com que o procedimento se tornasse seguro e muito eficaz para casos de depressão resistente, ou seja, quando não há respostas a dois ou mais tratamentos convencionais.

Com isso, pacientes que antes só enxergavam a possibilidade de internação ou mesmo aqueles que não melhorariam de outra forma agora têm acesso a um tratamento que transforma suas vidas e a de seus familiares no Brasil e no mundo.

Por que a ECT faz a diferença

Segundo o Prof. Dr. Lucas Spanemberg, psiquiatra e coordenador do ambulatório ECT no Hospital São Lucas, a eletroconvulsoterapia é bastante efetiva a pacientes com doenças como psicoses, depressões graves ou catatonia, que são refratários a outros tratamentos e acabam perdendo a esperança de serem curados. Em alguns casos, mesmo poucas sessões da ECT têm mostrado resultados impressionantes.

“Vimos aqui pacientes que já não conseguiam mais caminhar ou se alimentar e que saem da sessão caminhando. A estimulação direta no cérebro permite que tudo aquilo que estava de certa forma ‘desorganizado’ em termos de conexões cerebrais apresente uma melhora significativa, devolvendo ao paciente sua autonomia".

O especialista, que também é docente da Escola de Medicina da PUCRS, ressalta que a indicação do ECT é segura e que ainda há muitos estigmas a serem quebrados, o que ocorre com conhecimento e busca constante pelas atualizações científicas no campo. “O paciente é acompanhado em todo o processo por uma equipe multidisciplinar que abarca todos as etapas previstas, desde o anestésico até a pós-sessão. Tudo é explicado minuciosamente a ele mesmo e a familiares, o que traz segurança e a certeza de que esse está longe de ser um método de tortura e sim uma luz no fim do túnel a quem já não tem mais esperança de ser tratado".

Para ele, é preciso quebrar essa barreira também no próprio meio médico e nos órgãos de regulação. “Poderíamos salvar muitas outras vidas e dar a oportunidade de cura a muitos outros pacientes se os órgãos reguladores brasileiros compreendessem que este é sim um método seguro e eficaz de tratar a depressão e outras doenças que estão acabando com famílias inteiras por puro preconceito".

A ECT ainda não está no rol da Agência Nacional de Saúde (ANS) e, portanto, não é coberta pela maioria dos planos nem está prevista nos procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar disso, alguns planos de saúde já estão autorizando o procedimento, pois entenderam que o procedimento traz resultados clínicos e econômicos, com respostas clínicas que diminuem internações, evitam idas a emergências e minimizam a chance de outros desfechos que podem deixar os pacientes em risco de morte.

Como funciona a sessão

O paciente que possui resistência a dois os mais tratamentos prévios faz uma consulta no ambulatório de psiquiatria do HSL, para uma avaliação completa de seu estado de saúde. Caso o psiquiatra constate que este é um caso de indicação de eletroconvulsoterapia, ele recebe a indicação de um primeiro curso de oito a doze sessões, que são realizadas no HSL com frequência máxima de três vezes na semana. É necessário sempre que o paciente realize uma avaliação pré-anestésica, para que o procedimento seja realizado com o padrão de segurança necessário.

Para a sessão, o paciente chega com jejum de oito horas e recebe uma punção venosa com a aplicação de medicamentos anestésicos e um relaxante muscular. O braço esquerdo, no entanto, recebe um bloqueio físico deste relaxante, pois é através dele que a convulsão provocada será monitorada pela equipe médica. Dessa forma, apesar da atividade convulsiva, a técnica permite que a maior parte do corpo esteja relaxado no momento do estímulo, sem os efeitos indesejados que o procedimento provocava antes, quando era feito sem os cuidados anestésicos.

A atividade convulsiva ocorre pela passagem de corrente elétrica por eletrodos posicionados na cabeça, que estimulam diversas áreas do cérebro. Com isso, acontece uma espécie de organização dos neurotransmissores e da atividade neural que está́ comprometida nestes pacientes. “É como um reset no cérebro, permitindo que ele ‘reinicie’ de forma organizada e correta", explica Spanemberg. A sessão de eletroconvulsoterapia dura cerca de 15 minutos.

Resultados robustos

Segundo dados recentes publicados em um artigo do The New England Journal of Medicine, cerca de 30% dos pacientes com depressão no mundo não respondem a tratamentos convencionais. Desta porcentagem, 60 a 80% deles terão uma resposta efetiva com a ECT. Além disso, boa parte desses pacientes entram em remissão completa de sintomas logo após as sessões. Para o psiquiatra, “esta é considerada uma porcentagem muito alta de resposta, com dados significativos e robustos”.

A epidemia de depressão no Brasil

De acordo com o relatório “Depressão e outros transtornos mentais”, da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior prevalência desta doença na América Latina. Os dados mostram que 5,8% da população brasileira sofre de depressão, o equivalente a 11,7 milhões de brasileiros. Em relação a todo o continente, o Brasil aparece atrás apenas dos Estados Unidos, onde segundo a OMS, 5,9% da população sofre de transtornos de depressão. Além disso, um estudo do Ministério da Saúde revela que nos próximos anos até 15,5% da população do país poderá ter depressão ao menos uma vez ao longo da vida.

Para agendar uma consulta com nossos psiquiatras e saber mais sobre a ECT ou demais tratamentos, ligue para 51. 3320.3000 (também whatsapp). 


RESIDENTES E CURSISTAS DO SERVIÇO DE PSIQUIATRIA - 2021

  • RESIDENTES E CURSISTAS DO SERVIÇO DE PSIQUIATRIA - 2021

    Nome Função Ano Lattes

    Arthur Rorig de Azevedo Cursista 1º http://lattes.cnpq.br/1224456493606550

    Guilherme Noschang Vieira Bacchi Cursista 1º http://lattes.cnpq.br/0835507468254696

    Larissa Belon Albuquerque Cursista 1º http://lattes.cnpq.br/0401509753507569

    Marina Mosele Guidi Residente 1º http://lattes.cnpq.br/2584226301705302

    Mateus Vizentini Mendes Cursista 1º http://lattes.cnpq.br/7625478033000441

    João Pedro Zanon Residente 2º http://lattes.cnpq.br/7713531120817002

    Laura Krüger Pelissari Cursista 2º http://lattes.cnpq.br/2778679324590184

    Laura Vargas Fleith Residente 2º http://lattes.cnpq.br/4638283535410307

    Pedro Marques da Rosa Cursista 2º http://lattes.cnpq.br/7779707104618200

    Alícia Souza de Andrade Cursista 3º http://lattes.cnpq.br/1390404521756243

    Beatriz Freitas de Carvalho Residente 3º http://lattes.cnpq.br/5719910027077892

    Bruna Camargo Safraider Cursista 3º http://lattes.cnpq.br/4051619511024676

    Gabriel Mazina Smaniotto Residente 3º http://lattes.cnpq.br/3466063677822002

    Kyuana Azeredo de Lima Cursista 3º http://lattes.cnpq.br/3344138443257285

    Marcella Frazzon Fruet Cursista 3º http://lattes.cnpq.br/0426496130508044

    Robert Andres Velasquez Loperena Cursista 3º http://lattes.cnpq.br/7760166972697274

PERGUNTAS FREQUENTES

  • Como avaliar a necessidade de um tratamento psiquiátrico?

    A maneira mais adequada de avaliar se você precisa de um tratamento é através da avaliação de um profissional, o médico psiquiatra. Uma consulta com um psiquiatra pode tanto avaliar a necessidade de tratamento quanto esclarecer sobre quais fatores podem influenciar e proteger sua saúde mental.  Se você se sente muito desanimado, com alterações de humor que incomodam, muito desesperançoso, com crises de ansiedade, problemas de sono, muito impaciente ou muito preocupado, procure um psiquiatra.

  • Os transtornos psiquiátricos têm cura?

    Atualmente o melhor entendimento sobre os transtornos psiquiátricos indica que são patologias crônicas, isto é, com tendência a se manifestarem em vários momentos ao longo da vida. Na maioria dos casos existe controle e até remissão (ficar livre de sintomas) com o diagnóstico e tratamento  dequado. Não usamos a palavra cura, pois não estamos diante de doenças com etiologias e fatores causais simples, mas condições complexas e multideterminadas.

  • É necessário o uso de medicação no tratamento de um transtorno psiquiátrico?

    Os chamados psicofármacos (como os antidepressivos, os antipsicóticos, os estabilizadores de humor e os ansiolíticos) são medicamentos comumente utilizados para o tratamento dos transtornos psiquiátricos. Contudo, existem outros tratamentos e intervenções não farmacológicas que são eficazes e até preferíveis para o tratamento dos transtornos mentais, dependendo de cada caso. A eletroconvulsoterapia, a psicoeducação e diversas formas de psicoterapia são exemplos de intervenções não farmacológicas utilizadas com frequência no tratamento dos transtornos psiquiátricos.

  • O que leva alguém a ter um transtorno psiquiátrico?

    Os transtornos psiquiátricos são condições complexas, com múltiplas etiologias, que interagem de maneiras variadas, criando graus diferentes de ulnerabilidade em cada indivíduo. Existem fatores genéticos, químicos, orgânicos, ambientais, culturais e situacionais, todos capazes de aumentar  u diminuir a vulnerabilidade para um transtorno mental. A exposição aos chamados fatores de risco (como traumas na infância, uso de drogas e álcool e estresse aumentado) e aos fatores de proteção (dieta adequada, atividades físicas e estilos de vida saudáveis) são algumas das condições que  nfluenciam no aparecimento de um transtorno mental.

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