Coordenador da UTI do Hospital São Lucas da PUCRS destaca a importância de disseminar conhecimentos, como por exemplo os descritos em um capítulo específico sobre Medicina em situações de catástrofe 

O Tratado Lusófono de Medicina Intensiva, lançado durante o XXIX Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva, realizado em São Paulo, é publicado pela Atheneu Editora e destaca-se como uma das mais completas referências na área da Medicina Intensiva em língua portuguesa. A obra, que reúne o esforço conjunto da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos (SPCI), tem à frente de sua organização o médico intensivista Dr. Fernando Suparregui Dias, coordenador da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Lucas da PUCRS. 

O médico conta que o projeto começou a ser idealizado antes da pandemia de Covid-19, em um momento em que a Medicina Intensiva já desempenhava um papel central na gestão de situações críticas. No entanto, foi durante a pandemia que ganhou uma nova dimensão, com a visibilidade do trabalho realizado por profissionais em UTIs, e a necessidade de uma revisão do conteúdo para refletir os aprendizados e desafios vivenciados no período. Com a participação do Dr. Fernando Dias e mais cinco editores, a obra consolidou contribuições de mais de duzentos e setenta médicos e pesquisadores do Brasil e de Portugal, ampliando o alcance para todos os países que falam a língua portuguesa: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. 

“Esta iniciativa uniu especialistas em um trabalho colaborativo fantástico, com o incansável suporte da editora Atheneu. Hoje temos uma obra com 170 capítulos que abordam os principais tópicos da especialidade, distribuídos em mais de 1.800 páginas, com a participação de 279 colaboradores. Para um sistema de saúde forte e resolutivo, é fundamental que os profissionais estejam capacitados”, destaca. 

A obra aborda desde técnicas e procedimentos avançados até temas como medicina em catástrofes, essencial em um cenário global marcado por pandemias e desastres naturais cada vez mais frequentes. Dr. Fernando, reconhecido por sua atuação no campo da medicina intensiva, trabalhou incansavelmente para que o livro fosse um instrumento não apenas técnico, mas também uma expressão da colaboração internacional entre os países lusófonos. O tratado, que tem como objetivo disseminar conhecimento atualizado e acessível a profissionais de saúde, reflete um compromisso assumido pelo Dr. Fernando: o de que o conhecimento compartilhado pode transformar práticas e melhorar os desfechos clínicos dos pacientes em qualquer lugar do mundo. Também são editores da obra os médicos Ciro Leite Mendes, Antero do Vale Fernandes, Ederlon Rezende, Hélio Penna Guimarães e Rui Moreno. 

Sobre o Dr. Fernando Suparregui Dias 

Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Santa Maria (1977), é mestre em Medicina pelo Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul e doutor em Biologia Celular e Molecular pela PUCRS, além de titulado pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Foi professor assistente da Escola de Medicina da PUCRS e atualmente coordena a UTI Geral do Hospital São Lucas da PUCRS. Tem experiência na área de medicina intensivista, atuando principalmente nos seguintes temas: choque circulatório e monitorização hemodinâmica, sepse, síndrome do desconforto respiratório agudo, disfunção de múltiplos órgãos e sistemas, genética e doença crítica. Foi presidente da Sociedade de Terapia Intensiva do Rio Grande do Sul e presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, além de eleito membro do conselho da World Federation of Intensive Critical Care em 2019. É membro do Conselho Consultivo da AMIB desde 2016. 

O lançamento do Tratado Lusófono de Medicina Intensiva consolida não apenas a relevância da especialidade, mas também o papel de Dr. Fernando Dias como uma referência na área, evidenciando sua dedicação ao avanço da prática médica nos contextos mais críticos e desafiadores. A obra já está disponível pela Atheneu Editora e promete ser uma ferramenta indispensável para intensivistas de todo o mundo lusófono.